Advocacia Criminal – Uma carreira à seguir

Quando ainda estava na faculdade de Direito de São Bernardo do Campo, como todo estudante “jurisconsulto”, tinha a ilusão de que as coisas funcionavam exatamente como lia nos livros acadêmicos.

Diferente da maioria, desde o início tinha certeza de optaria pela advocacia, admirava os advogados famosos como Dr. Valdir Troncoso Peres, Mauro Nacif, Luis Flávio Borges D´urso, entre outros, depois de assistir as aulas do Professor José Carlos Dalmas então, saía deslumbrante fantasiando o dia em que iria vestir a beca e defender pela primeira vez um acusado no tribunal do júri, quando iria sustentar oralmente nos tribunais superiores, enfim, aquela fantasia me motivou a superar todos os preconceitos de amigos e familiares e escolher a advocacia criminal como profissão.

O tempo foi passando, e vieram às aulas do professor Maximiliano Fuhrer, Taílson, e Vladimir Balico, aí a decisão estava firmada, de fato a advocacia criminal era meu destino.

Foi então que o grande dia chegou, era dezembro de 2010, a esperada formatura do curso de direito chegou, estava radiante por ter concluído o curso sem nenhuma dependência (famosa DP). Passei por todos os momentos felizes que um acadêmico poderia passar, desde ter a cara pintada quando calouro, até participar do baile de formatura reunido com toda família. Depois de todas essas fases o último grande desafio, no meu entender até então era o temido exame de ordem.

Seguindo o conselho dos professores, no último ano comecei a me preparar para o exame e antes mesmo de concluir a faculdade prestei como treineiro, passei na primeira fase porém na segunda fiquei por pouco.

O fato de ter reprovado me motivou a criar um desafio para mim mesmo: Em 2011 vou passar na OAB custe o que custar. Me afundei ainda mais nos livros, fiz um cursinho especializado em segunda fase e graças a Deus e ao meu esforço naquele ano consegui a tão sonhada carteira de Advogado.

Depois de todos obstáculos superados, diferente do que imaginava, o mais difícil estava por vir, descobri que lidar com clientes, escreventes, promotores e juízes, tocar um escritório de advocacia era muito mais complicado do que as provas e trabalhos do tempo de faculdade, mas pensa que desisti? Jamais! isso me motivou a continuar e a descobrir a cada dia minha paixão pela advocacia, desde então esse sentimento só aumentou.

Apesar das coisas não serem da forma como idealizei, continuei amando o meu ofício e agradeço a Deus todos os dias por ter me concedido a honra de ser advogado.

Respondendo a pergunta inicial: Vale muito a pena, como vale. Aprendi que as dificuldades tem como dois caminhos: Nos fazer parar e perecer ou crescer e avançar, escolhi a segunda opção, sugiro que faça o mesmo.

Autor: Alisson Silva Garcia

Advogado criminalista atua em São Bernardo do Campo e região do Grande ABC.

]]>