Terceirizados ganham menos e 66% ficarão sem direito a seguro-desemprego

Os trabalhadores terceirizados recebem 27% menos que os efetivos e não contribuem corretamente para a Previdência Social e o Imposto de Renda. “Na hora da aposentadoria, isso será um problema, para eles e suas famílias”, alertou o procurador-chefe do Ministério Público do Trabalho do Paraná (MPT-PR), Gláucio Araújo de Oliveira.

O Brasil tem hoje mais de 12 milhões de trabalhadores terceirizados, segundo dados do Dieese. A terceirização dominou os debates no IX Congresso da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Turismo e Hospitalidade (Contratuh), que termina nesta sexta, em Foz do Iguaçu. Só no setor de geração e distribuição de energia, a forma de contratação cresceu mais de 200% nos últimos anos.

O procurador do MPT disse que a Petrobras é a empresa que mais terceiriza serviços hoje no país, nas atividades fim e meio. “Além da precarização nas contribuições sociais, os riscos de acidentes de trabalho aqui são 5,5 vezes maiores” enfatizou Gláucio de Oliveira. Além disso, a rotatividade no trabalho e a carga horária também são superiores que nos casos de contratados com carteira assinada.

De acordo com o Dieese, 66% dos trabalhadores não completam um ano de serviço e, com a nova regra do seguro desemprego, não têm direito ao auxílio.

FONTE: site Monitor Digital, disponível em: http://www.monitormercantil.com.br/index.php?pagina=Noticias&Noticia=178173&Categoria=CONJUNTURA

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