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Transparência A reportagem procurou três das instituições mais importantes do País ligadas ao tema da segurança pública: Instituto Sou da Paz, Fórum Brasileiro de Segurança Pública e o Núcleo de Estudos da Violência, da Universidade de São Paulo (USP). Os profissionais indicados pelos órgãos para analisar o problema são unânimes em afirmar que a divulgação da distribuição do efetivo não traz risco a ninguém. “Essa informação não deveria estar em sigilo. É um dado que a população tem o direito de saber. Divulgar a distribuição do efetivo e detalhar os critérios de como é feita essa divisão poderia até blindar o governo de ingerências políticas. Não está sendo pedido o cartão de patrulhamento das viaturas, que diz em qual esquina os policiais vão estar e pode, sim, trazer risco à vida dos policiais”, afirma Bruno Langeani, coordenador do Sou da Paz. A reportagem não pediu dados sobre horário, trajeto nem planejamento do patrulhamento das ruas. “O efetivo deve ser distribuído por meio de critérios técnicos: população, população flutuante, o fato de o bairro ser residencial ou comercial e índices de criminalidade”, diz o cientista político Guaracy Mingardi, do Fórum Brasileiro de Segurança. “Eles não revelam a distribuição do efetivo porque ela é feita a partir de critérios políticos.” Histórico O cientista político Bruno Paes Manso, da USP, lembra que, até os anos 1990, na Polícia Militar, Diadema, na Grande São Paulo, era “um tipo de castigo, para quem cometeu algum delito”. “Isso mudou quando houve o caso da Favela Naval (onde blitze violentas da PM criaram uma crise na segurança pública do Estado). A PM então criou critérios técnicos para distribuir o efetivo. Esse modelo, com o passar dos anos, deixou de ser aplicado.” “Recentemente, quando estava sendo decidida a troca do secretário (da Segurança), um coronel da PM disse, em reunião, que a distribuição do efetivo era um dos principais problemas da polícia. Ele deu dois exemplos de bairros com uma distorção grande: Campo Belo (na zona sul) com um policial para ‘x’ habitantes, e Campo Limpo (extremo sul), com um policial para ’20 x’. Um dos assessores disse, na hora: ‘Mas eu moro no Campo Belo'”, contou Paes Manso. Para o cientista político, “esse é apontado como um dos problemas estruturais da polícia”. “Aumenta a segurança da população acompanhar esses dados, porque os critérios têm de ser técnicos, não políticos.” FONTE: site R7, Folha Vitória, disponível em: http://www.folhavitoria.com.br/policia/noticia/2015/10/secretaria-de-seguranca-de-sp-mantem-mapa-de-policiamento-em-sigilo-apos-decreto.html]]>

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