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Segurados precisarão trabalhar 50% a mais pela proposta do governo Por: Larissa Quintino  larissaq@diariosp.com.br Um grupo de 20 deputados protocolou essa semana uma proposta que pode deixar o sonho da aposentadoria um pouco mais próximo, mesmo com a reforma da Previdência. Segundo a proposta apresentada por Paulinho da Força e outros parlamentares, para se aposentar, seria necessário pagar um pedágio de 30% do tempo restante para conseguir o benefício e não 50%, como quer o governo Temer. Com as duas propostas em mãos, o DIÁRIO fez as contas e mostra quanto tempo faltaria para o segurado se aposentar, caso alguma das duas regras passem pelo Congresso. Uma mulher que hoje está com 20 anos de contribuição precisaria, hoje, trabalhar mais 10 anos para pedir o benefício. Caso a regra proposta pelo governo passe, seria necessário trabalhar mais quinze anos: os dez que faltam mais 50% de pedágio. Se a nova proposta passasse, o tempo para conseguir o benefício seria de 13 anos. Os pedágios são calculados pelas regras atuais de aposentadoria por tempo de contribuição. Além do tempo de pedágio ser maior, a regra do governo tem ainda outra exigência que pode prejudicar muitos trabalhadores. Para conseguir se adequar à transição, é necessário ter 45 anos ou mais, para as mulheres e 50 anos ou mais, no caso dos homens. Quem não tiver completado essa idade até a data da promulgação da lei precisará esperar até os 65 anos – idade-mínima proposta – para conseguir a sonhada aposentadoria. A proposta assinada por Paulinho, Arnaldo Faria de Sá (PTB-SP) e mais 18 parlamentares de oito partidos diferentes não prevê idade para que a transição seja feita. Com isso, todos os trabalhadores que estão hoje no mercado de trabalho cumpririam os 30% a mais e, idade-mínima passaria a valer somente para quem começasse a trabalhar após a reforma ser aprovada. A idade fixa para aposentar também seria mais suave: 60 anos para os homens e 58 para mulheres. Apoios/ A nova proposta, mais vantajosa ao trabalhador do que o texto defendido pelo governo, já tem o apoio de 70% dos deputados federais. Para apresentar a emenda à Comissão Especial, que analisa a reforma, eram necessárias 171 assinaturas. O texto alternativo teve 349 assinaturas. A pressão dos parlamentares parece já estar dando resultado. Na semana passada, o relator da matéria, deputado Arthur Maia (PPS-BA) admitiu que a regra de transição deve ser reformulada. Segundo ele, é necessário criar “degraus” para evitar prejuízo aos quarentões que bateram na trave na transição do governo.  ]]>

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