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Governador citou reforma da previdência para justificar por que ritmo de contratações na instituição não acompanha o da saída de policiais. 1/4 dos cargos na PC estão vagos. Por Tatiana Santiago e Will Soares, G1 São Paulo   Alckmin anuncia chegada de trem a Cumbica em março de 2018 (Foto: Tatiana Santiago/G1 ) O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), afirmou nesta sexta-feira (3) que mudanças regras de aposentadoria provocaram o problema da falta de funcionários na Polícia Civil paulista. Conforme levantamento realizado pelo G1, a instituição atua, hoje, sem ¼ do seu efetivo. O tucano negou nesta sexta-feira (3) que a Polícia Civil esteja sofrendo um processo de desmonte e deu duas justificativas para o número diminuto de agentes na ativa. Ambas envolvem a questão da aposentadoria. “Nós perdemos policiais primeiro porque o Congresso Nacional aprovou uma lei absurda há dois anos atrás, quando a população está vivendo mais, diminuindo a expulsória de 70 para 65 anos de idade. A lei é tão absurda que um ano depois mudou”, afirmou. Segundo ele, apesar de ter sido revogada, a lei fez com que o quadro da Polícia Civil perdesse 1700 agentes. “A lei é tão absurda que um ano depois mudou, mas quem saiu não pode voltar mais. Já foi corrigido, mas perdemos”, explicou. De acordo com o governador, a atual reforma da previdência proposta pelo governo federal e em discussão no Congresso Nacional também fez com que muitos policiais dessem entrada no pedido de aposentadoria. Na contagem de Alckmin, 1000 agentes deixaram a Polícia Civil em 2016. Se o número foi elevado no ano passado, só neste começo de 2017 a instituição já perdeu mais quase 500 policiais aposentados. E a reposição não acompanha a debandada: centenas de pessoas já aprovadas em concurso aguardam a nomeação do governo, mas não têm nem previsão de quando serão chamadas para reforçar o efetivo.

‘Boom’ de aposentadorias em 2017

Conforme levantamento realizado pelo G1, em janeiro, foram 332 aposentadorias publicadas no Diário Oficial do Estado (DOE). Em fevereiro, outras 101, e, nos primeiros dias de março, mais 25, totalizando 458 policiais a menos na instituição em pouco mais de dois meses. As carreiras mais afetadas pelas aposentadorias foram as de escrivão e investigador, que perderam 157 e 130 policiais, respectivamente, no período. Os cargos já contavam, juntos, com um déficit de mais de 5 mil profissionais. 16 delegados, 27 agentes policiais, 31 agentes de telecomunicações, 43 carcereiros (cargo inclusive já extinto por Alckmin), sete papiloscopistas e 13 auxiliares de papiloscopistas também abandonaram o barco e engrossam a crise na Polícia Civil. Nas carreiras ligadas à Polícia Técnico-Científica (PTC), responsável pelos trabalhos de perícia nos crimes, a situação não é diferente. A corporação é um braço da Polícia Civil e conta com seis carreiras: auxiliar de necropsia, atendente de necrotério, desenhista, fotógrafo, médico-legista e perito, que perderam, juntas, outros 34 policiais aposentados em 2017. FONTE: site G1, disponível em: http://g1.globo.com/sao-paulo/noticia/defasagem-na-policia-civil-de-sp-se-deve-a-mudancas-na-aposentadoria-diz-alckmin.ghtml]]>

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